sábado, 14 de maio de 2011

Proposta 4 - Infografia - Memória Descritiva


Infografias são representações visuais de informação. Esses gráficos são usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapasjornalismo e manuais técnicos, educativos ou científicos. É um recurso muitas vezes complexo, podendo se utilizar da combinação de fotografiadesenho e texto.
No design de jornais, por exemplo, o infográfico costuma ser usado para descrever como aconteceu determinado fato, quais suas conseqüências. Além disso explica, por meio de ilustraçõesdiagramas e textos, factos que o texto ou a foto não conseguem detalhar com a mesma eficiência.
Neste caso concreto, depois de pesquisar vários exemplos na Internet de outras infografias realizadas, recordei-me que tinha um livro em casa, que é uma espécie de enciclopédia, e que continha dezenas de infografias. Então, depois de folhear o livro, acabei por escolher um desses temas para me inspirar e orientar: O desenvolvimento de um bebé no útero materno.
No livro, a estrutura da infografia assemelha-se à que postei na "Proposta 4 - Experiências". Como a professora disse que eu não estava a tirar partido das potencialidades visuais das infografias, acabei por alterar tudo, o que resultou num produto final muito mais apelativo que a primeira tentativa.
Optei por seguir o conselho da professora e orientar a minha infografia a partir de três barras. A de cima com informação extra, a do meio com imagens e a de baixo com a informação essencial. Comecei por digitalizar a partir de um scanner as imagens do bebé que apareciam no livro, e dispus as imagens por ordem de evolução.
De seguida pus setinhas laranjas entre cada imagem, para que as pessoas entendessem melhor a sequência. Além disso, escrevi por baixo de cada imagem a quantidade de meses correspondentes.
Depois escolhi um título, bem como as informações adicionais que achei relevantes incluir na infografia. Assim, escrevi na barra superior estas mesmas informações e numerei-as de 1 a 5, de forma a que as pessoas percebessem a que fase do desenvolvimento uterino aquela informação correspondia.
Depois passei à parte principal, de escrever a informação mais relevante na barra inferior. Separei em colunas, para não ficar confuso, e pus chavetas verticais para se entender melhor qual o período a que se refere cada bloco de texto.
Como não tinha imagens prévias às 5 semanas, mas no entanto tinha texto a falar sobre elas, decidi criar uma espécie de semi-círculo, onde pude então adicionar esta informação.
Em relação às cores, usei tons quentes, principalmente o laranja e o amarelo torrado, porque sempre foram cores que me cativaram. Além disso, achei serem cores que combinavam bem com a cor das imagens digitalizadas e das setas. Na barra superior a parte de cima está mais escura, na tentativa de dar um ar mais tridimensional e sofisticado. O título optei por pôr a branco, para chamar mais a atenção.
Posso ainda referir que usei imenso o Photoshop para editar as imagens digitalizadas, uma vez que vinham com pouca qualidade e todas tinham texto em cima. É de notar que no livro o seu tamanho era enorme, e não pequeno como aqui as apresentei.
"Se uma informação pode ser comunicada com uma imagem, para quê palavras? Show it, don't tell!" by Joan Antonio Giner

Links:

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Proposta 4 - Infografia - Exemplos





















Proposta 3 - Cor - Memória Descritiva

Comecei por escolher o material de trabalho. Optei por uma fotografia da capa da Universidade do Porto, por um cartaz publicitário do Millennium BCP e por uma publicidade do Pingo Doce. Porque fiz esta escolha?


Escolhi a capa da Universidade do Porto, uma vez que tem as cores de todas as faculdades e que estas cores têm um significado muito forte para os estudantes que as frequentam. A alteração destas cores faria perder totalmente o significado da imagem. Por exemplo, nós sendo alunos de Letras, temos um sentimento de carinho quando vemos a cor azul escura associada à UP, porque nos identificámos com ela. A cor da cada faculdade distingue-nos! Por exemplo, o cortejo académico é uma explosão de cores todos os anos... Se todos fossem de laranja, perdia-se o conceito de unicidade.


Quanto à segunda imagem, escolhi um cartaz publicitário do Millennium BCP porque achei que tinha o sentido de cor muito vincado, uma vez que tudo naquele cartaz era cor de rosa: o símbolo do banco, as letras, a camisola da rapariga, o batôm dela... Tudo foi pensado ao pormenor para dar uma ideia de continuidade e para dar mais força e unidade ao conjunto.


Porque é que o Millenium BCP escolheu o cor de rosa?

"O rosa é uma cor emocionalmente descontraída, que influi nos sentimentos convertendo-os em amáveis, suaves e profundos.
Nos faz sentir carinho, amor e proteção. Também nos afasta da solidão e nos converte em pessoas sensíveis.
As palavras chaves da cor rosa são: inocência, amor, entrega total, ajudar ao próximo"
Ao lermos isto talvez percebámos agora melhor as razões do Millenium BCP para ter escolhido esta cor para o representar, uma vez que é uma cor que transmite sentimentos positivos nos clientes.

Decidi experimentar várias cores e acabei por optar pelo verde.

"O verde é a cor que procuramos instintivamente quando estamos deprimidos ou acabamos de viver um trauma. O verde nos cria um sentimento de conforto e relaxação, de calma e paz interior, que nos faz sentir equilibrados interiormente.
Palavras chaves da cor verde: natureza, harmonia, crescimento, exuberância, fertilidade, frescura, estabilidade, resistência. Verde escuro: dinheiro".


Ou seja, procurei uma outra cor que transmitisse o mesmo que o cor de rosa, que também passasse a ideia de confiança aos seus clientes. Além do verde, juntei também um pouco de amarelo nas bolinhas, uma vez que o amarelo "representa a intensidade, a expansão, a rapidez e a inteligência.


No terceiro caso, utilizei uma publicidade do Pingo Doce. A cor original dela era o verde, cujo significado já foi acima referido. Mais uma vez, não tentei usar uma cor que tivesse uma sentimento negativo associado, mas sim tentei encontrar uma alternativa, uma outra cor que tivesse a mesma conotação positiva.


Acabei por optar pelo azul. 



"O azul é uma cor fresca, tranquilizante, que se associa com a parte mais intelectual da mente, assim como o amarelo.
O azul claro e o azul-celeste nos fazem sentir calmos e protegidos de todo o alvoroço das actividades do dia.
O azul ajuda a controlar a mente, a ter clareza de ideias e a ser criativo.
Palavras chaves da cor azul: estabilidade, profundidade, lealdade, confiança, sabedoria, inteligência, fé, verdade, eternidade. Azul-marinho: conhecimento, o mental, integridade, poder, seriedade. Azul claro: generosidade, saúde, cura, frescor, entendimento, tranquilidade".



Concluindo, aprendi que de facto as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, optimistas, outras serenas e tranquilas, entre outras. 
Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas.


Links:
- http://www.mariaclaudiacortes.com/
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cores
- http://www.espacofotografico.com.br/Dicasfotografiateoriadascores.htm
-http://www.euroresidentes.com/portugues/cores-do-zodiaco/significado-rosa.htm

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Proposta 3 - Cor - Exemplos

Millenium BCP


Nívea


EDP


All Stars

Vodafone


PT


Facebook


Bandeira cidade de Paredes



Kit Kat


Lacoste


Pepsi


Fanta


Chuca Chups


Galp


Internet Explorer


Cruz Vermelha Portuguesa


Rolling Stones


Nirvana


Barbie

quinta-feira, 7 de abril de 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Proposta 2 - Tipografia - Memórias Descritivas

A tipografia é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Neste caso concreto, tínhamos de fazer formas com esse mesmo texto por nós escolhido, que estivesse relacionado com os heterónimos de Fernando Pessoa.

As três propostas tipográficas que realizei para os heterónimos foram todas feitas na mesma linha de pensamento, por sugestão da professora. Ou seja, nas três propostas tipográficas tentei formar a cara dos heterónimos com o texto escolhido e completei as propostas com uma imagem de fundo alusiva ao poema em questão. Para o fazer, usei o programa "FreeHand" da Adobe.



Alberto Caeiro
Neste caso concreto de Alberto Caeiro, depois de uma pesquisa online de imagens alusivas ao seu aspecto físico, desenhei então a que me pareceu mais indicada. Usei sempre o mesmo tamanho (12) e tipo de letra (Arial). No balãozinho onde escrevi o nome dele, já usei um tamanho de letra maior (16), mas também com o mesmo tipo de letra.

O tipo de letra Arial é de uma família tipográfica sem-serifa, ou seja, um conjunto de fontes (como Arial Bold, Arial Italic, Arial Bold Italic) derivadas da fonte "padrão" Arial.

A Arial é conhecida entre os designers gráficos pela sua semelhança com um tipo bastante famoso na história do design moderno, a Helvetica da Linotype. No entanto, são comuns as críticas à Arial que atribuem-lhe um papel de "cópia inferior da Helvetica". De facto, porém, a Arial é inspirada no desenho de uma outra fonte, a Akzidenz Grotesk (que por sua vez também serviu de inspiração ao desenho da Helvetica).

Concluindo, a Arial é uma fonte não serifada. Mas que significa isto?
Na tipografia, as serifas são os pequenos traços e prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras. As famílias tipográficas sem serifas são conhecidas como sans-serif (do francês "sem serifa"), também chamadas grotescas (de francêsgrotesque ou do alemão grotesk). A classificação dos tipos em serifados e não-serifados é considerado o principal sistema de diferenciação de letras.

Os tipos sem-serifa, como a Arial, costumam ser usados em títulos e chamadas, pois valorizam cada palavra individualmente e tendem a ter maior peso e presença para os olhos ("chamando a atenção"), já que parecem mais limpos.

Eu escolhi este tipo de letra porque as próprias linhas do desenho eram "duras", o que me levou a optar por um tipo de letra mais "rígido". 
Para os olhos usei dois "O"s grandes a negrito, e para a boca usei um travessão, também em negrito.

Quanto à imagem de fundo, escolhi uma floresta, uma vez que Alberto Caeiro era o "poeta da Natureza" e o poema que escolhi era também ele alusivo à Natureza: "Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, mas porque a amo, e amo-a por isso (...)". Como a professora disse que não podíamos usar imagens, a menos que fossem abstractas ou que mal se notasse ao que se referiam, eu escolhi esta imagem porque acho que passa bem a mensagem do que eu quero transmitir, apesar de estar com alguma transparência e "smudge".


Álvaro de Campos

No caso do Álvaro de Campos, depois de também ter realizado uma pesquisa online de imagens alusivas ao seu aspecto físico, desenhei a que me pareceu mais indicada. Tal como na anterior, usei sempre o mesmo tamanho (12) e tipo de letra (Arial). No balãozinho onde escrevi o nome dele, já usei um tamanho de letra maior (16), mas também com o mesmo tipo de letra.

Não irei repetir as especificidades do tipo de letra Arial, uma vez que já fora mencionadas acima. No caso específico de Álvaro de Campos, recorri mais vezes ao uso de pontos finais para desenhar áreas de menor dimensão, de forma a tornar o desenho mais perceptível (no nariz, gravata...).
Para os olhos também usei dois "O"s grandes e um travessão para a boca, e recorri igualmente aos "O"s para fazer os botões do casaco e das mangas.

Quanto à imagem de fundo, escolhi umas velas, uma vez que o poema que escolhi era alusivo a aniversário e à nostalgia da passagem do tempo que estes causavam no poeta: "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! 
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez (...)".
Como não podia usar imagens a menos que fossem abstractas, usei o "Adobe Photoshop" para "desfazer" a imagem, com a opção "smudge". Além disso, pus alguma transparência.


Ricardo Reis

No caso de Ricardo Reis, depois de também ter realizado uma pesquisa online de imagens alusivas ao seu aspecto físico, desenhei a que me pareceu mais indicada. Tal como nas duas propostas anteriores, usei sempre o mesmo tamanho (12) e tipo de letra (Arial). No balãozinho onde escrevi o nome dele, já usei um tamanho de letra maior (16), mas também com o mesmo tipo de letra.

Não irei repetir as especificidades do tipo de letra Arial, uma vez que já fora mencionadas acima. No caso específico de Ricardo Reis, recorri também ao uso de pontos finais para fazer a boca, a gravata e os olhos, e de um "O" grande para fazer o botão do casaco.

Quanto à imagem de fundo, escolhi a sombra de um casal de namorados sentados à beira do mar, uma vez que o poema era sobre o poeta e o seu grande amor, que estavam também eles a beira do rio, a falar sobre a vida e de como ela passa rápido como a água: "Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, 
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro, Ouvindo correr o rio e vendo-o".

Mais uma vez, como a imagem do casal de namorados era tudo menos abstracta, tive de recorrer ao "Photoshop" para a editar, tentando torná-la mais imperceptível, sem no entanto perder a sua ideia.


Sources que usei para realizar estas memórias descritivas:
_______________________________________

  • "O tipógrafo veste a palavra com uma forma visível e a preserva para o futuro".
Emil Ruder; citado por Suzana Valladares Fonseca in: "A tradição do moderno: Uma reaproximação com valores fundamentais do Design Gráfico a partir de Jan Tschichold e Emil Ruder", capítulo 4, p. 164; tese de doutorado, PUC-RJ (Ruder, 1967, p. 34)
  • "A tipografia é o ofício que dá forma visível e durável - e portanto existência independente - à linguagem humana".
"Elementos do estilo tipográfico versão 3.0‎" - Página 17, de Robert Bringhurst - traduzido por André Stolarski, Publicado por Cosac Naify Edições, 2005 ISBN 857503393X, 9788575033937

segunda-feira, 21 de março de 2011

Proposta 2 - Tipografia - Heterónimos de Fernando Pessoa

ALBERTO CAEIRO

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...




ÁLVARO DE CAMPOS





No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,

Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
 

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...




RICARDO REIS

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quise'ssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

Proposta 2 - Tipografia - Imagens